“… he resolved never again to kiss earth for any god or man. This decision, however, made a hole in him, a vacancy…” Salman Rushdie in Midnight’s Children.
holehorror.at.gmail.com

30.4.10

Apesar de alguma dissidência, os portugueses gostam de teatrinho. Os brandos e amáveis costumes, sempre.


Aqui, notícias actuais da pedofilia; daquela de que é difícil falar. Daquela sobre a qual as opiniões não se fazem rápidas, nem os julgamentos definitivos. Daquela de que, maioritariamente não se sabe e que acontece do outro lado das portas fechadas. Daquela que deixa sempre os vizinhos incrédulos. Daquela de que ninguém pede perdão.

O Mundo Encantado de José Sócrates

"Capital especulativo", "especuladores", "especulação", "especulação monetária do euro", "o mercado dos especuladores", "especulação de que estamos a ser alvo", "ataque especulativo à dívida portuguesa", foram, entre outras as palavras e expressões que ontem encheram as televisões. No mundo encantado de José Sócrates estes são “maus” e os malvados (há aqui e aqui uma boa definição e um exemplo de especulador) que vêm de fora e querem atacar o nosso país e o povo trabalhador, investidor, ordeiro, cumpridor, que nunca conheceu tanta prosperidade, desenvolvimento económico, justiça fiscal e esforçado equilíbrio financeiro como agora com o grande líder a guiar os nossos destinos. “Estes maus” querem atacar as justas políticas de investimento do governo que trará ainda mais crescimento económico e um ainda maior bem-estar social. Mas o governo e o povo mantém-se firmes nas nossas convicções e opções de investimento e de desenvolvimento económico. No mundo encantado de José Sócrates haverá mais distribuição de Magalhães, mais comboios de alta velocidade, mais aeroportos e quem ousar questionar e discordar desse rumo está, a pactuar com as já identificadas forças do mal na construção do descrédito do país.

29.4.10

Crónica Feminina 3


Esta formalização do acordo para a subconcessão Pinhal Interior mostra o quão útil foi, também ontem, aquele teatrinho entre José Sócrates e Passos Coelho, que culminou, para êxtase de comentadores e opinion-makers, com o Primeiro-ministro e o líder da oposição, lado a lado, a conjugar verbos na primeira pessoa do plural. Passo Coelho pôs-se a jeito para um dia, que não tardará, ser como o marido enganado: o último a saber.

Entretanto ficámos sem oposição, Paulo Portas compreenderá isso.

28.4.10

Ainda está para vir alguém que me explique como é que um “liberal” se queixa do “ataque especulativo” que “desde sexta-feira (…) está a pôr em causa a nossa soberania nacional”. Liberalismos destes estalam tão facilmente como o verniz cultural de José Sócrates. É o que temos.


Mais notícias sobre a estupidez humana da qual, desenganem-se os inocentes, não temos o exclusivo: censurar Tintin.

26.4.10

Dando Excessivamente Sobre o Mar 52

Pierre-Henri de Valenciennes (1750–1819)
The Banks of the Rance, Brittany

Conversas de Café e Brainstorming

Depois da “espontaneidade” saída de uma conversa de de três jovens juristas que não querem provocar mas somente sensibilizar, soubemos agora de mais espontaneidade no seu melhor, saída de um “brainstorming”. Parece que o Papa se está a tornar num alvo por parte das sensibilidades das causas fracturantes, e . Cá, um país maioritariamente católico, sobra anti-clericalismo, às vezes até misturado com devoções várias, que hoje se sente aconchegado e que nunca perde oportunidade de se mostrar na sua faceta mais primária, radical e pouco tolerante. Lá, onde o catolicismo é minoritário e o islamismo corre sérios riscos de ser maioritário, perante a lenta dissolução de uma Church of England que consegue ser tudo e o seu contrário, há um anti-papismo secular que as ditas sensibilidades das causas fracturantes descobrem no seu esplendor. Não é em vão que anualmente se celebra com fogo de artifício a derrota do catolicismo e morte de Guy Fawkes.

Uma coisa é certa: as conversas de café que nos anos 60 e 70 propiciaram tanta produção intelectual (não discuto a qualidade da dita) conhecem há muito uma decadência que está bem patente no resultado: distribuir preservativos antes/depois das missas do Papa. Se não fosse patético, dava vontade de rir. O brainstorming, um sucedâneo das ditas conversas de café mas em salas de reunião com toque yuppie e glamour à anos 80 e que produzia sobretudo soluções “corporate” ou “marketing”, (para usar inglês técnico), já conheceu também melhores dias. Estas brilhantes e originais ideias, (ver primeiro e últimos parágrafos), saídas de uma sala de reunião do Foreign Office, já o obrigaram a pedir desculpa ao Vaticano. Nem dá para rir, tal o nível de infantilidade e imbecilidade (com patrocínio governamental).

Razão tem o Bispo de Chester:

22.4.10

Espuma dos Dias que Foram 33

Alentejo

Depois de uma manhã atribulada, o PS ameaça com uma birra tipo assim, eu não brinco. As leituras políticas vão sendo feitas. Aguardam-se os próximos capítulos.


Uma Irritação

Ao passar os olhos pela página inicial do Público Online vi na secção “vídeos” um vídeo com o “O Escocês que detesta a Islândia”. Só de olhar pareceu-me uma coisa sem graça e banal, nada merecedora de qualquer tipo de atenção. Perguntei-me até se não haveria um vídeo mais apelativo para destaque. No entanto a curiosidade foi mais forte e fui espreitar o vídeo do dito escocês na levíssima esperança de encontrar algo que justificasse o dito destaque. São 19 segundos da mais pura banalidade, em que se ouve um homem com ar de hooligan e sotaque escocês gritar duas vezes “I Hate Iceland”. É tudo. Ao fim de quase uma semana de interrupção de ligações aéreas este é o vídeo em destaque no Público porque,


O que me irritou foi o facto de eu ter pensado que, mesmo que remotamente, pudesse haver algo de interessante ou até divertido no vídeo...

19.4.10

O Caos 3

Fotografia daqui

Um outro dia de críticas. Na Grã-Bretanha repete-se Dunquerque. E, de repente percebemos uma outra face da globalização. As rosas não saem do Quénia, as flores não chegam aos EUA, e em plena época de casamentos também não há diamantes para anéis de noivado. A fruta tropical e o mozzarella também ficam em terra. Apesar das ostras que deveriam vir da Islândia (que agora só produz e exporta com sucesso cinzas vulcânicas) sobra tempo para ler e passear no parque àqueles que foram ali, a correr, a uma reunião ou conferência e se viram obrigados a ficar por lá e, mais importante, a serem, por uma vez, viajantes. Como diz o popular Alain de Botton:



18.4.10

O Caos 2

As empresas, as organizações, os países não são amigas do caos. Já se perdeu demasiado dinheiro e não se sabe quando se parará de perder. As pressões dos governos e das companhias aéreas são muitas para acabar com as restrições de voo no espaço aéreo europeu. Os sinais de descontentamento começam e não vão ficar por aqui.


Espuma dos Dias que Foram 32

Alentejo

Da Mansidão

O Primeiro-ministro continua o seu percurso de optimismo em visitas e inaugurações relacionadas com as suas áreas favoritas de governação e de onde dificilmente descola: tecnologias de ponta, empresas modernas em equipamento e exportadoras de sucesso (nada contra o sucesso e a exportação, antes pelo contrário, note-se), energias renováveis, e turismo. O país para ele resume-se a estes cenários. No seu mundo ficcional não cabe o “desagradável”. Não há crise, não há falências nem novos desempregados cada dia que passa, não há famílias em dificuldade, não há filas de espera para consultas médicas, não há insucesso escolar, não há défice, não há excesso de peso fiscal, não há mercados financeiros desconfiados, nada disso. Para ele Portugal é um país promissor onde as circunstâncias são favoráveis ao crescimento, inovação e sucesso. Esta ideia é normalmente ilustrada com um leque variado de gadgets considerados “Made in Portugal” e essenciais a um modo de vida actual e moderno. Até aqui, nada de novo, nós já sabemos que o nosso Primeiro-ministro vive no seu mundo e nós no nosso.

O problema começa pela ausência de oposição. O PSD embrulhou-se numa vontade de revisão constitucional (nada contra também) e parece ter resumido a sua oposição ao PS e a este governo nesta proposta. A actual direcção que criticou duramente a direcção de Manuela Ferreira Leite por não “fazer oposição” tem-se pautado pela mansidão. O PSD não se destacou no debate parlamentar da semana passada, e a comunicação social reduziu-o ao episódio “pé no chinelo” que ficará nos anais da história parlamentar como “manso é a tua tia, pá!” (já agora: as expressões faciais do Primeiro-ministro nem precisam da intervenção da equipa de “Lie to Me” para serem “lidas” e conclusivas). O PSD passou despercebido e senti falta da secura e acutilância desprendida, que a comunicação social adorava desprezar, de Manuela Ferreira Leite, a quem o tempo se encarregou de ir dando razão, face a José. Mas o estado de graça de PPC não permite críticas, e o silêncio sobre o PSD impera.

16.4.10

O Caos

Fotografia daqui.
(Outras fotografias aqui.)

A Natureza põe e dispõe. A nós o caos.



Ontem tive muito mais sorte do que Cavaco Silva. Ele ouviu estas declarações (certeiras e justas, mas tão incómodas) do presidente Checo até ao fim, não pode escapar, fazer de conta ou assobiar. Esboçou um sorriso e usou da sua melhor diplomacia na resposta, até distraiu os interlocutores lembrando a Irlanda. Eu, igualmente envergonhada, pude mudar de canal, Cavaco Silva não.

E ao mudar parei uns breves momentos na BBC World News onde estava a decorrer o primeiro debate entre os três candidatos a Primeiro-ministro do Reino Unido, num modelo do tipo “Question Time”. Gordon Brown era o mais crispado, David Cameron o mais confiante e Nick Clegg o mais eloquente e agressivo. Ouvi-os sobre a educação. Discutiam Educação; o discurso de Cameron e Clegg era claro: mais disciplina na escola, reforço da autoridade do professor, (um deles referiu que hoje na escola há a situação de os professores serem tratados como crianças e os alunos como adultos), centrar a actividade do professor no ensino, programas lectivos simples e claros, liberdade das escolas e, no fim, um reparo acerca da necessidade do regresso uma maior independência (face ao Estado e aos governos, claro) das instituições avaliadoras. Brown, que nunca rejeitou estas ideias, mas adoptou uma posição mais defensiva, viu-se obrigado a focar o seu discurso na necessidade de a escola servir toda a população. Como eu gostava de ouvir estes tópicos na boca dos nossos candidatos a Primeiro-ministro.


Là-bas, Je Ne Sais Pas Où... 7

Edgar Degas
Bookshelves

14.4.10

Filipe Nunes Vicente escreveu hoje este post de leitura obrigatória. É, no entanto um texto escrito “de fora” e não “de dentro” (da Igeja Católica, claro). Nota-se, entre outras coisas que decorrem da leitura, num aspecto mais formal: o modo como FNV nomeia o Papa (uma escolha nada inocente): Ratzinger e não Bento XVI. Nota-se também em duas ou três afirmações que, apesar de fazerem sentido no contexto de uma leitura mais atenta do texto, podem ser consideradas imprecisas ou polémicas. A mais óbvia é o facto de afirmar que João Paulo II foi “Papa inofensivo”, afirmação sobre a qual não me detenho, mas a principal para mim, porque pode ser geradora de um “mal-entendido” numa leitura mais rápida do texto, é a de que Ratzinger tem desprezo “pela liberdade como valor universal”. FNV teve o cuidado de não dizer só “liberdade”, mas sim "liberdade como valor universal".

S. Paulo, por exemplo, fala muito na liberdade na Epístola aos Gálatas “foi para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gal. 5, 1), ou “Irmãos, de facto foi apara a liberdade que fostes chamados” (Gal. 5, 13) e enfatiza a importância da liberdade no cristianismo. De acordo com o Catecismo da Igreja, Cristo ressuscitado libertou-nos do pecado para que sejamos livres. Deus quer-nos livres, e porque somos livres podemos escolher entre o bem e o mal. Faria algum sentido o perdão de Deus (expresso através do sacramento da confissão) sem liberdade? A liberdade é-nos dada por Deus e ela torna-nos responsáveis. O Papa não despreza a liberdade.

Parece-me por isso importante não confundir a liberdade que nos é dada por Deus, da “liberdade universal” que o Papa despreza, de acordo com FNV. Quando era nova lembro-me de me explicarem que a liberdade andava sempre de mãos dadas com a responsabilidade, coisa que impedia um alívio mais imediato que vem associado à ideia de uma liberdade como uma mera possibilidade de escolher e optar. Ora escolhe-se e opta-se em função dos valores sociais dominantes que, esses sim, serão objecto de desprezo por parte do Papa Bento XVI. Presumo que seja a este desprezo que FNV se refere.


Resumindo os ditos valores: a cultura da experimentação, a tentação equalizadora, o politicamente aceitável, a soberba intelectual (o dito aparelho universitário), as ideias estreitas, banais e fáceis, o folclore e o excesso de ruído comunicacional (o aparelho mediático). Eu acrescentaria o imediatismo, o facilitismo, a aparência, o sucesso.

Em Flor 26


Os Estudos

Lembro-me, quando do caso Casa Pia, de ouvir psicólogos, psiquiatras e outros estudiosos desta condição humana que todos partilhamos explicarem que o perfil tipo do pedófilo era o de uma pessoa “normal”, com uma vida “normal” – incluindo a familiar, mas numa situação de proximidade da vítima. Depois falou-se do facto de os números – com base nos casos conhecidos pela justiça - apontarem para o facto de que os abusos sexuais terem lugar em casa e serem praticados por pessoas próximas das vítimas, (padrastos, pais, irmãos, tios, primos, vizinhos, etc). Agora que a Igreja assumiu os crimes de pedofilia do seu clero, e que se dispõe a abertamente condenar quem os comete, a deixar que a justiça seja feita acabando com a prática, profundamente injusta e pouco saudável do ponto de vista social e da própria instituição, de não-cooperação com a justiça e de encobrimento, a ânsia de definir o perfil do “pedófilo tipo” recomeçou.

Os anti-papistas de sempre depressa encontraram estudos que estabelecem a ligação entre a pedofilia e o celibato, e agora o Cardeal Bertone com idade e condição suficientes para conhecer as virtudes do silêncio (vulgo “estar calado”), menciona os estudos que ligam a pedofilia à homossexualidade. Confesso que ouvi o Cardeal e pareceu-me perceber um desprendimento estranho ao fazer esta afirmação, como se a homossexualidade não existisse no seio da Igreja Católica. Enfim. A virtude do silêncio é rara e preciosa e nós, cardeal Bertone incluído, somos meros humanos mortais (e pecadores para a Igreja), normalmente cheios de opiniões que tornam difícil, ou quase impossível, resistir à tentação de “dizer coisas” (*). As coisas são ditas e, sem surpresas, percebemos que a maioria do que é dito (vindo também de cardeais e clero) não tem ponta de interesse, e o que vale a pena ser ouvido (vindo também de cardeais ou do clero) se perca no ruído de irrelevâncias ou puras imbecilidades que fazem o grosso do que se diz.

Parece, também, que os estudos são como as sondagens. Encontramos sempre um que dá jeito citar e que serve os propósitos do argumento que previamente se estabeleceu como válido. Há estudos para tudo e que provam isso e aquilo bem como o seu contrário. Eu já não percebo se o pedófilo é tendencialmente uma pessoa “normal”, se é um celibatário ou se é um homossexual, e acredito que para uma vítima de repetidos abusos sexuais (seja da Casa Pia ou da Igreja Católica) a normalidade, o celibato ou a homossexualidade do seu abusador sejam factores sem nenhuma importância. Importante é que se faça justiça e, já agora, que se acalme a ânsia de apontar o dedo sob protecção de “estudos”, que não é mais do que uma faceta desta imperfeita e intolerante condição humana que partilhamos.

(*) É por ser difícil “estar calado” que existem blogues onde escrevemos, maioritariamente, as nossas irrelevâncias. A vantagem do blogue é que só lá (cá) entra quem quer ler essas ditas irrelevâncias. Outra vantagem é serem silenciosos e virtuais.

13.4.10

Por um lado a UE duvida que as medidas do PEC sejam suficientes para a desejada (e acordada) redução do défice; por outro lado Portugal vai participar no “esforço” da zona Euro na ajuda à Grécia. Já que decidem tanto por nós, digam também, por favor, o que devemos pensar, porque assim sem ajuda (do Estado, claro), fica um pouco complicado.

12.4.10

Espuma dos Dias que Foram 31

Alentejo

Paisagem Urbana

De repente deixamos de ver na cidade as mulheres, independentemente dos factores circunstanciais como serem altas ou baixas, gordas ou magras, velhas ou novas, a parecerem que vão, ou que acabam de vir, de lições de equitação e passamos a vê-las, tal como no ano passado, em cai-cai. Dantes eram os umbigos e barriga à mostra, agora são os cai-cai, a praga estética urbana dos dias quentes. Acho particularmente interessante aquela parte em que as mães – em cai-cai, claro, vão buscar os filhos à escola. Se os filhos forem jovens adolescentes ou usam cai-cai também ou, se forem do sexo masculino, terão as calças a cair com os boxers à vista e havaianas nos pés. Nunca percebi porque é que, com uns códigos de moda tão eclécticos como os actuais, nas ruas das nossas cidades estes códigos se transformam em dois ou três chavões “fashion” desprovidos de imaginação, e normalmente pindéricos, mas que todos, num ímpeto uniformizador bizarro, parecem ansiosos por adoptar.

11.4.10

Um Deslumbramento

O país político, e sobretudo a comunicação social, está deslumbrado com Pedro Passos Coelho, um verdadeiro líder e construtor de unidade. Ouvi-o brevemente na sexta-feira no discurso inaugural: parecia um aluno bem comportado, muito asseado e com a lição esmeradamente estudada. Um orgulho para os demais, estou certa. Como nenhum músculo meu mexeu ao ouvi-lo, mudei de canal. Mas parece que se esperam grandes feitos e obras dele, e as sondagens, até aqui renitentes para com o PSD, parece que até já se mexem. E isto sem ainda ter tido tempo de fazer os ditos feitos e obras que todos esperam, mas já arrastando consigo os slogans da mudança e da unidade. Como será quando fizer? Tanta eficiência, tanta eficácia, tanto deslumbre. Eu esperarei sentada, se não se importam.

5.4.10

Segunda-Feira de Páscoa

Ícone Russo (séc. XVIII)
The Pantocrator


4.4.10

Domingo de Páscoa


Na verdade ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
Jo 20, 9

2.4.10

Sexta-Feira Santa

Ícone Russo (séc XVI)
Crucificação

1.4.10

Quinta-Feira Santa

Ícone Russo (séc XIX)
A Última Ceia


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