“… he resolved never again to kiss earth for any god or man. This decision, however, made a hole in him, a vacancy…” Salman Rushdie in Midnight’s Children.
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16.7.09

No Bolso de António Costa

O que ao longo dos tempos perdoava qualquer tontice em Helena Roseta era o facto de, para além da inteligência, HR ser irreverente, de se pensar e se crer única e por isso pouco propícia a ser apropriada e devidamente triturada e homogeneizada por máquinas partidárias, ideológicas ou outros interesses mais ou menos instalados, reconhecidos e venerados. O seu movimento “Cidadãos por Lisboa” que começou como um movimento cívico razoavelmente afastado do mainstream partidário veio, a troco de uma quota de lugares na Assembleia Municipal, domesticar-se. Mesmo depois de ouvir as "juras" de HR na SICN ontem, não exite maneira de acreditar que autonomia que HR faz questão de apregoar, dure muito coligada com o PS. Pode ser que me engane, mas os factos e a história provam que o poder tem poderes que o não-poder não tem.

Duvido também que estas coligações em forma de coligatório representem uma soma aritmética de votos. Para todos os efeitos é o PS e António Costa que contam, e muitos dos simpatizantes “Cidadãos por Lisboa” não votarão nem em AC, nem tão pouco no PS. As dúvidas que teria entre votar no movimento de HR ou em Pedro Santana Lopes, esfumaram-se num ápice. Mal por mal, prefiro o já conhecido e multi-resistente “pathos” de PSL, a uma HR que se funde e domestica no bolso de António Costa e se perde no PS.
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