Parece que Armando Vara terá recebido uma carta anónima no seu escritório do BCP a avisar que o Primeiro-ministro e seu amigo José Sócrates estaria a ser alvo de escuta telefónica. Este facto, a ser verdade (não que eu tenha acesso a alguma informação privilegiada, ou a segredo de justiça, é só mesmo algum natural cepticismo) e não mais outra “montagem” para a Polícia Judiciária encontrar, abre todo um novo horizonte simbólico em torno das cartas anónimas. Deixam de um instrumento exclusivo das forças maléficas, obscuras e vingativas e passam a ser também instrumento das fadas madrinhas e outras forças do “bem”. Só não percebo a necessidade do anonimato. Sempre pensei que não havia almoços grátis, nem para as fadas madrinhas.
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