1)Anna Karenina de Leo Tolstoy
2)Madame Bovary de Gustave Flaubert
3) Guerra e Paz de Leo Tolstoy
4) Lolita de Vladimir Nabokov
5) As Aventuras de Huckleberry Finn de Mark Twain
6) Hamlet de William Shakespeare
7) O Grande Gatsby de F. Scott Fitzgerald
8) Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust
9) Os Contos de Anton Chekhov de Anton Chekhov
10) Middlemarch de George Eliot
(via Mundo Pessoa) promete entretenimento. 544 títulos escolhidos por 125 escritores relevantes actuais é pretexto infindável: para algum reconforto, muita especulação, algumas conclusões e ainda mais incertezas. O reconforto vem do facto de já ter lido 8 dos títulos seleccionados e estar, em princípio, de acordo com a distinção que lhes é atribuída. Só não li As Aventuras de Huckleberry Finn (e duvido que me apeteça ler num futuro) nem Lolita, vi muito cedo o filme de Stanley Kubrick com James Mason (já visto e revisto entretanto) e fui protelando a leitura do livro, mas talvez ainda leia, um dia. A incerteza, ou parte dela, poderá ser satisfeita comprando o livro para, por exemplo, tentar perceber quem são os 125 escritores que votaram e saber que critério os faz relevantes e como se mede o mérito: por prémios, vendas, reconhecimento académico? A especulação, a parte mais divertida, é infindável: desde saber se a lista se manteria exactamente como está se tivesse sido elaborada um mês depois, isto porque aquilo que é uma escolha hoje poderá ser outra diferente amanhã e teria sido diferente ontem, até perceber porque é que num determinado contexto se vota neste autor e não naquele, não faltarão razões para nos determos na lista. Finalmente algumas conclusões (óbvias demais!): a omnipotência masculina: só George Elliot (porque não Austen ou Brontë, ou Woolf?) como excepção; a forte presença russa: 4 títulos, (mas porque é que Dostoievsky, não está no top ten?), a ausência dos épicos gregos, um só título de drama, Hamlet, o “empate técnico” (2 títulos) entre Franceses, Ingleses e Americanos e a modernidade: com excepção de Shakespeare todos os títulos (mais ano, menos ano) têm menos de 150 anos. O melhor mesmo é ler o livro para ter algumas respostas.