“… he resolved never again to kiss earth for any god or man. This decision, however, made a hole in him, a vacancy…” Salman Rushdie in Midnight’s Children.
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29.11.07

Três pequenos instantâneos da “nossa” política internacional.

O sempre diligente, atento e obrigado Primeiro-ministro conseguiu uma proeza: Coube a José Sócrates a declaração explícita exigida pela China. Lembrando a "posição tradicional da União Europeia, que continua a reconhecer a política de uma só China"... Só lembrar que na mesa negocial estava também a exigência feita pela China para que a União Europeia condenasse de forma explícita o referendo em Taiwan sobre a adesão às Nações Unidas, o que acabou por conseguir.

De repente não me lembro da posição da UE em relação ao Kosovo... Terá uma? Dois pesos e duas medidas (o da China e o do Kosovo, I mean).

O discreto Ministro Luis Amado sobre o menos discreto Mugabe: “preferia que não estivesse presente”, mas “tem todo o direito de vir”, “já se sabia há muito tempo. Ele tinha dito que vinha”. Gatos Fedorentos, andam por aí?

Um instantâneo da política internacional:

Uma professora britânica condenada por ter posto o nome de Mohamed a um peluche. A onda de indignação é ainda menor do que a que houve quando Kasparov foi preso.

Moral das histórias: Mugabe é livre de ir e vir. A professora que pôs um nome proibido a um peluche, não está livre. Os líderes Chineses são livres de impor agendas. Os habitantes de Taiwan não são livres de decidir do seu futuro, UE dixit. Quanto ao Kosovo... já nem sei que diga.


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