“… he resolved never again to kiss earth for any god or man. This decision, however, made a hole in him, a vacancy…” Salman Rushdie in Midnight’s Children.
holehorror.at.gmail.com

17.5.09

Uma pergunta que fiz aqui, encontrou resposta aqui. Fantástico! Afinal existe mesmo uma “papa maizena”, tem receita e tudo e houve quem a tivesse comido. Alguns, claramente em excesso. Coisa de deixar más recordações


Pede-me Nelson Reprezas para mencionar séries televisivas, não percebi muito bem – nem procurei perceber, confesso - com base em que critério. Mas creio que seja que critério for andará sempre à volta da nossa experiência e gosto pessoal. Embora avessa a correntes blogosféricas, gostando de poucas e quebrando-as todas, este pedido revela-se um pretexto para escrever sobre algo de que gosto, e instantaneamente – mesmo antes de eu ter tempo para pensar, accionou a minha memória porque toda a vida gostei, e gosto de séries televisivas. Lembro tempos em que a semana funcionava em função de um determinado dia de semana em que a televisão (quando televisão era algo que não tinha mais do que dois canais, e até quando era a preto e branco) dava esta ou aquela série. Agradeço o DVD (e antes o VHS) que tornaram possível comprar alguns packs de séries completas (ou temporadas) antigas e recentes, que me permitem uma saudável e total alienação da realidade durante um fim-de-semana ou uns dias seguidos. Vi muitas séries, boas e menos boas - estas últimas são sobretudo muito marcadas por uma determinada época ou “moda” - mas há algumas que lembro com saudade pois marcaram a minha infância ou adolescência e remetem para um mundo diferente e para um momento de inocência quase rousseauniano. Só essa inocência permitia que gostássemos das séries que hoje não me apetece propriamente rever, no entanto fica a nostalgia dos momentos em que fui feliz a vê-las, fica a espécie de ternura pela recordação. Todas as séries que mais à frente menciono foram vistas, até fora de Portugal, e algumas vistas e revistas. Sei que com mais tempo a minha memória se avivaria e lembraria outras tantas. Opto por umas escolhas sobretudo nostálgicas, de séries de outras décadas e de outros mundos, à excepção do Dr. House. que está presente porque é a única que hoje recria um pouco o ritual de ver uma série “em directo”: é a única que me obriga, todas as semanas à segunda-feira no canal Fox, a repetir esse ritual que já é quase de outros tempos: sentar em frente à televisão quieta e parada. Outras séries actuais vejo-as normalmente em diferido falhando alguns episódios, ou vejo posteriormente em DVD se gostei particularmente.

Get Smart (Olho Vivo), Green Acres (Viver no Campo), Bewitched (Casei com uma Feiticeira), Gabriela Cravo e Canela, Upstairs, Downstairs (A Família Bellamy), Brideshead Revisited (Reviver o Passado em Brideshead), La Piovra (O Polvo), We’ll Meet Again, A Town Like Alice, The Jewel in the Crown (A Jóia da Coroa), Hill Sreet Blues (A Balada de Hill Street), The Muppet Show (Os Marretas), Blackadder, Twin Peaks, Yes, Minister e Dr. House.
.

Arquivo do blogue

Acerca de mim

temposevontades(at)gmail.com