“… he resolved never again to kiss earth for any god or man. This decision, however, made a hole in him, a vacancy…” Salman Rushdie in Midnight’s Children.
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26.12.06

Grandes Portugueses 2

Andar pelas ruas da cidade no dia 25 é um desafio às noções mais elementares de civismo e de bom gosto. Espero que com tanta “Formação Cívica” nos currículos escolares este espectáculo desapareça, senão, quem sabe, talvez se crie mais uma entidade reguladora, desta vez de (bom) Comportamento Cívico. Claro que falo do lixo nas ruas que apressadamente os cidadãos põem na rua, mesmo sabendo que não há recolha de lixo, par poderem manter as suas casas limpas e asseadas... E o espectáculo é desolador: primeiro por estar lixo na rua, coisa que em muitas cidades de um outro mundo em que não se anunciam choques ideológicos é proibido dando lugar à aplicação de multa ao infractor, e depois porque esse lixo está invariavelmente mal acomodado num desses ícones moderno idolatrado e indispensável ao cidadão que é o saco de plástico do supermercado. O lixo não está arrumado, embalado e devidamente fechado em sacos de lixo grandes e fortes, não, Nada disso! São dezenas de pequenos sacos tirados às escondidas dos supermercados enquanto se arrumam as compras perante o olhar complacente das meninas das caixas. Uma questão de poupança doméstica. São nesses incontáveis e amontoados sacos pequenos, finos, furados, tantas vezes rotos e invariavelmente mal fechados que o Natal urbano português se esvai sem dignidade nem orgulho. (ver mais aqui)

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