Vi que estava escuro, pensei no Reno, nas suas escarpas rochosas e escuras das margens, nos castelos altos que se confundem com a rocha; pensei Sturm und Drang, pensei Goethe e Schiller; pensei cinzento metalizado, cinzento chumbo, cinzento antracite. Respirei o ar húmido e vi o casario antigo e sólido por baixo dos meus pés a descer para o rio, o halo de luz em cada candeeiro, o velho muro da outra margem que segura o declive do terreno agora iluminado. Mais acima os neons coloridos. O Romantismo estava lá: a pedra, a noite escura, os halos de luz, a neblina.
O Porto.