A opinião cá em Portugal divide as suas atenções entre o referendo sobre o aborto e o caso “Esmeralda”. Não há jornal nem noticiário televisivo que não dedique uma grande parte do seu tempo a um caso e a outro. Ouvimos à exaustão argumentos e debates sobre ambos os temas com especialistas que interpretam o Direito, a moral, os bons costumes, psicólogos sempre prontos a intervir, opiniões a extremar.
Em Itália vive-se um momento de contornos semelhantes se formos medir o tempo que tem sido gasto nos media e em debates e fóruns de opinião pública: os conflitos matrimoniais de Berlusconi postos a nu, analisados e dissecados para satisfazer a mais exigente e requintada curiosidade.