O projecto do PS para a lei do aborto, que deverá começar a ser trabalhada esta semana no Parlamento, é inspirado no modelo alemão para a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG). O modelo em causa obriga a que a mulher comprove que foi a uma consulta de aconselhamento, em centros oficiais criados par ao efeito, destinada a prestar esclarecimentos médicos e sociais sobre os apoios para ter um filho e sobre os riscos de fazer um aborto. A lei alemã não prevê que a mulher tenha de justificar a sua opção pelo aborto nessas consultas de aconselhamento, mas exige-lhe três dias como período mínimo de ponderação.
O líder parlamentar socialista, Alberto Martins, afirmou esta terça-feira que não haverá aconselhamento obrigatório na lei para as mulheres que queiram abortar até às dez semanas, porque isso seria uma imposição «à revelia do resultado do referendo».
Espero que se procurem soluções de bom senso, equilibradas e ponderadas que possam ajudar a unir os portugueses.
Nós aguardamos. Quem viveu nas trevas até agora pode bem aguardar um pouco mais que a modernidade nos entre pelo país dentro; afinal nem tudo são rectas nas auto-estradas dos avanços civilizacionais.