(…) There is no major Russian prose-writer who has not written short stories, and many of Russia’s finest prose writers wrote chiefly in this form. This may came as a surprise to English-speakers, who tend to assume that the supreme achievement of Russian literature is the epic novel.
Intoduction
Russian Short Stories from Pushkin to Buida. Edited by Robert Chandler
Depois das desilusões que as leituras do verão se revelaram por ser, dos livros recentes comprados de propósito e deixados a meio sem que os conseguisse acabar, nada como regressar aos bons e velhos valores seguros, um universo inesgotável, onde as desilusões são poucas, e o “gostar ou não” é secundarizado, porque a qualidade e peso da obra é muitas vezes superior ao “gosto” sempre volátil e frágil. Essas obras têm o condão de nos ultrapassar, de apelarem a muito mais do que o que temos em conhecimentos, afectos, memória, inteligência, experiência, sensibilidade, sonho, vontade, por isso estão para lá das opções estéticas pessoais e do gosto peculiar do instante em que são lidas. Assim, respirando de alívio, abri o livro já comprado há uns meses e iniciei mais uma volta pelos autores russos, pelos seus contos, sem descurar uma vontade de ler alguns dos autores mais modernos de quem nunca sequer tinha ouvido falar.