“… he resolved never again to kiss earth for any god or man. This decision, however, made a hole in him, a vacancy…” Salman Rushdie in Midnight’s Children.
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20.2.08

Nos últimos dias nos noticiários televisivos, e a propósito das cheias na zona de Lisboa, falou-se muito no “jornalismo do cidadão” aliás, viveu-se do jornalismo do cidadão que cada vez mais faz das notícias um reality show. Eu gosto sempre quando novos chavões chegam à praça pública. Sim, porque não se trata de vídeos amadores, nem instantâneos fotográficos, ou mesmo queixas de espectadores. Não, nada disso. A coisa agora tem uma certa solenidade e um nome pomposo típico de uma sociedade que gosta de estar em constante processo de renomeação de algo que sempre foi, como se essa camadinha de verniz politicamente correcto tornasse as coisas algo mais do que aquilo que realmente são.

Parece que estamos condenados a oscilar entre o Jornalismo do Cidadão e o jornalismo coreografado (ver, por exemplo, entrevista a José Sócrates ontem na SIC) e previsível moldado pelas centrais de comunicação.


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