“… he resolved never again to kiss earth for any god or man. This decision, however, made a hole in him, a vacancy…” Salman Rushdie in Midnight’s Children.
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18.2.08


O País fechou no fim-de-semana e abriu hoje segunda-feira com uma situação caótica às portas de Lisboa. Parece-me espantoso como é que depois de um dia como o de ontem em que choveu sem parar aqui na zona de Lisboa e de uma previsão de chuva intensa para a noite e para o dia de hoje, não foram tomadas precauções e a informação sobre o que se ía passando não foi seguida com a atenção merecida para que se evitassem as tragédias e confusões em estradas de muito trânsito. Segunda Circular, Calçada de Carriche, CRIL, e diversos acessos a Lisboa estavam impraticáveis e as autoridades através da Televisão, rádio e internet deveriam ter avisado as populações e aconselhado a que ficassem em casa aguardando mais notícias na RTP ou outro serviço público. É também para isso que servem a Protecção Civil, o Serviço Metereológico, Municípios, e Agências Noticiosas do Estado. Não basta laconicamente no fim dos serviços de notícias dizer que há distritos em alerta amarelo. É difícil de aceitar que em pleno século XXI com os meios de comunicação de que dispomos, se assistam a cenários como os que assistimos esta manhã de estradas bloqueadas literalmente alagadas e kilómetros de filas de carros que não conseguem circular. Onde estavam as autoridades, as diversas câmaras de video que vigiam estradas e que são tão precisos a detectar excessos de velocidade? Parece que na noite de Domingo para Segunda o país e as autoridades dormiam na paz dos anjos. Eu não. Acordei com o barulho da chuva e da trovoada.

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