Não faltaram acontecimentos esta semana que passou, desde a visita do Presidente de Angola, à visita oficial do Primeiro-ministro a Cabo Verde, passando pela manifestação da CGTP que encheu a Avenida da Liberdade e dificultou o trânsito numa sexta-feira à tarde, por mais sessões do Fórum Portugal de Verdade com intervenções da líder da oposição, pelas indecisões de Manuel Alegre a deixar nervoso José Sócrates e o PS, por uma votação na AR de uma proposta de Lei para diminuir o teor de sal no pão e pela contestação por parte de alguns sectores da implementação de aulas de educação sexual nas escolas. Não faltou sequer, e infelizmente, um momento de horror em que o impossível e impensável acontece quando um bebé morre num carro esquecido pelo pai. Os momentos da semana têm servido para debate, comentário e indignação de todos os portugueses que, nomeadamente no sector político começam a sentir a agitação própria dos períodos eleitorais.
No entanto, e por estranho que pareça, as imagens que quase malgré moi, guardo da semana são duas de José Sócrates em Cabo Verde, ambas tão previsíveis e esperadas que me pergunto por que é que me continuam a espantar e a teimar em serem lembradas. A primeira é a do Primeiro-ministro numa escola em Cabo Verde com meninos de bata azul limpa e engomada, penteados impecáveis a cantar em uníssono e sem desafinar um “Obrigado” depois de lhes terem sido dados computadores Magalhães. A segunda imagem é a de José Sócrates a fazer o seu jogging matinal na marginal da Cidade da Praia, tal como faz de cada vez que se desloca ao estrangeiro e tal como nunca é visto nem fotografado na sua cidade de Lisboa. O que fica de uma deslocação oficial do nosso Primeiro-ministro são imagens de pura propaganda e de marketing pessoal que são hoje indissociáveis de José Sócrates, ou melhor, que são José Sócrates. O jogging é dum provincianismo atroz e a distribuição de Magalhães é, não faz mal repetir isto tantas vezes quantas as vezes que José Sócrates se preste a esta charada em Portugal, na Venezuela ou seja onde for, de um novo-riquismo e deslumbramento extraordinário e são ambos reveladores implacáveis do vazio de ideias e de projectos que aflige o nosso Primeiro-ministro. Este vazio é particularmente penalizador no momento de profunda crise económica em que estamos, e em que precisamos de medidas realistas e decisões firmes com um olhar para além do curto prazo, e é confrangedor em período eleitoral pois se tenta aliciar o voto através de medidas demagógicas e de slogan fácil, sem nenhuma conexão com o contexto de profunda crise e de desânimo que se irão agravar ainda nos próximos meses.
O olhar que os eleitores levantam para o actual executivo pedindo soluções em que possam confiar será enganado com mais Magalhães, muito jogging, menos sal no pão, educação sexual para todos e anúncios atrás de anúncios de medidas cujo resultado se desconhece ou cujas condições para que funcionem não foram tidas em conta. Salas de aula só com uma tomada para os alunos com Magalhães bem como falta de apoio técnico para os alunos, Bilhete de Identidade que já não se pode pedir pois já é obrigatório o Cartão do Cidadão sem que os serviços estejam preparados para o entregar no mesmo prazo do BI, são alguns exemplos concretos e recentes das inconsistências de uma política feita de e para a fachada.
.
No entanto, e por estranho que pareça, as imagens que quase malgré moi, guardo da semana são duas de José Sócrates em Cabo Verde, ambas tão previsíveis e esperadas que me pergunto por que é que me continuam a espantar e a teimar em serem lembradas. A primeira é a do Primeiro-ministro numa escola em Cabo Verde com meninos de bata azul limpa e engomada, penteados impecáveis a cantar em uníssono e sem desafinar um “Obrigado” depois de lhes terem sido dados computadores Magalhães. A segunda imagem é a de José Sócrates a fazer o seu jogging matinal na marginal da Cidade da Praia, tal como faz de cada vez que se desloca ao estrangeiro e tal como nunca é visto nem fotografado na sua cidade de Lisboa. O que fica de uma deslocação oficial do nosso Primeiro-ministro são imagens de pura propaganda e de marketing pessoal que são hoje indissociáveis de José Sócrates, ou melhor, que são José Sócrates. O jogging é dum provincianismo atroz e a distribuição de Magalhães é, não faz mal repetir isto tantas vezes quantas as vezes que José Sócrates se preste a esta charada em Portugal, na Venezuela ou seja onde for, de um novo-riquismo e deslumbramento extraordinário e são ambos reveladores implacáveis do vazio de ideias e de projectos que aflige o nosso Primeiro-ministro. Este vazio é particularmente penalizador no momento de profunda crise económica em que estamos, e em que precisamos de medidas realistas e decisões firmes com um olhar para além do curto prazo, e é confrangedor em período eleitoral pois se tenta aliciar o voto através de medidas demagógicas e de slogan fácil, sem nenhuma conexão com o contexto de profunda crise e de desânimo que se irão agravar ainda nos próximos meses.
O olhar que os eleitores levantam para o actual executivo pedindo soluções em que possam confiar será enganado com mais Magalhães, muito jogging, menos sal no pão, educação sexual para todos e anúncios atrás de anúncios de medidas cujo resultado se desconhece ou cujas condições para que funcionem não foram tidas em conta. Salas de aula só com uma tomada para os alunos com Magalhães bem como falta de apoio técnico para os alunos, Bilhete de Identidade que já não se pode pedir pois já é obrigatório o Cartão do Cidadão sem que os serviços estejam preparados para o entregar no mesmo prazo do BI, são alguns exemplos concretos e recentes das inconsistências de uma política feita de e para a fachada.
.