“… he resolved never again to kiss earth for any god or man. This decision, however, made a hole in him, a vacancy…” Salman Rushdie in Midnight’s Children.
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5.6.07

Ontem, outro debate na televisão sobre a Ota. Confesso que já há muito que perdi o interesse em tanto debate, tanta análise de conclusões de estudos, tanta opinião. Continuo perdida nesta polémica sem saber bem o que pensar. Uma coisa parece-me certa: não gostaria, que o Aeroporto da Portela fosse desactivado, e temo o pior caso o(s) governo(s) actual e futuros o decidam fazer. O Aeroporto da Portela é uma activo valiosíssimo, que tem a enorme vantagem de estar perto da cidade e torná-la competitiva em termos quer de negócios, quer turísticos, nomeadamente em viagens de curta duração. Os candidatos à Presidência da Câmara de Lisboa deveriam ser claros quanto às intenções relativamente à desactivação do Aeroporto da Portela. A defesa da manutenção do aeroporto, num esquema Portela + 1 é um argumento interessante em tempo de campanha que poderá clarificar posições e ganhar votos. Mais do que debater a Ota é interessante pensar no futuro da Portela. Sim à Portela poderia ser um slogan a adoptar.

No fim-de-semana passado, António Costa fez, de bicicleta, um percurso do Príncipe Real à Torre de Belém. Gostaria de lhe deixar a seguinte sugestão: fazer, igualmente de bicicleta, num dia de semana o percurso inverso, da Torre de Belém ao Príncipe Real. Será que mantém o mesmo entusiasmo por esse meio de transporte que tão bem se adapta a Lisboa? Se a campanha para a Câmara de Lisboa se mantiver a estes níveis banalmente confrangedores, tipo descidas de bicicleta, frases “O Zé faz falta” e outdoors deprimentes, fico sem saber se no dia 15 devo ou não ir para à praia.

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