Auguste Renoir,
Still Life (1908)
Still Life (1908)
Depois de aqui ter louvado outro tipo de naturezas mortas, outra época, outra escola, outros parâmetros estéticos, deixo alguns comentários às outras naturezas mortas que tenho seleccionado, nomeadamente de Paul Cézanne e de Auguste Renoir. Nestas últimas os olhos não se deslumbram com o detalhe, mas perdem-se nas texturas, deixam-se enfeitiçar pela forma como a luz é capturada e projectada, espantam-se com as diversidade das cores, com a forma como ela é tratada e pintada. Parecemos ser mais donos da nossa percepção e por isso, em vez do deslumbramento, vemo-nos simplesmente enfeitiçados.