
Esta semana Sílvio Berlusconi tem sido igual a si próprio enchendo os jornais e serviços noticiosos com declarações bombásticas. Depois de ter afirmado que sabe falar Latim o suficiente para conversar ao almoço com Júlio César, o antigo Imperador de Roma (a SIC deu notícia deste facto há uns dias com um surpreendentemente sério Rodrigo Guedes de Carvalho), deixando-nos pasmados com a sua confiança e invejosos com o seu conhecimento, diz agora que as mulheres de direita são mais bonitas do que as de esquerda – nada que não se venha sussurrando ao longo dos tempos e em voz bem baixa pelos corredores da vida. A diferença está em Berlusconi falar alto e no facto de eu ter dificuldade em antipatizar esta personagem melhor do que a ficção que tem a lata que ele tem para dizer tontices ou barbaridades como quer e onde quer, nomeadamente em campanha eleitoral, ter ganho eleições e voltar a concorrer.