Estes últimos dias têm-se revelado dias de folga crítica para José Sócrates. Começou com a divisão dentro do PSD a propósito das palavras de Rui Gomes da Silva, passou pela demissão de Luis Filipe Meneses, e pelas indecisões das futuras candidaturas dentro do principal partido da oposição. O Presidente Cavaco Silva esteve na Madeira uma semana desviando também as atenções para lá. O mau tempo em todo o país distraiu-nos, e o Benfica perdeu mais uma vez para grande dor de tantos portugueses. E de repente passa uma semana em que nem se ouve falar de José Sócrates, e mal se ouvem umas coisas aqui e outras acolá da política governativa, do TGV, da Saúde e dos Serviços de Urgências, da Educação e do acordo com os Sindicatos dos Professores, da grande Manifestação da CGTP junto à Assembleia da República, da crise e dos números. Volta a ser tempo de olhar de novo para o país real.
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(...) o partido fez como as famílias fidalgas: desbaratou o capital. Não tem nada. A não ser saudades, sede e fome. De poder.
Isto e um retrato implacável quer de Luis Filipe Meneses quer dos democratas que têm governado Portugal, no artigo de António Barreto no Público.