Ontem o país parece ter acordado para o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Falo do país relutante, no qual eu me incluo, em parar para pensar nesse tema que José Sócrates tão convenientemente lançou agora para a arena do circo com a missão bem clara de entreter quem tem mais em que pensar. Mais e pior. Esta questão deixa-me sem jeito. Muitas vezes tenho opiniões claras, mas não é o caso. Acho tudo confuso e confesso que não tenho uma visão apaixonada pelo assunto, muito menos uma opinião fundada e que sinta coerente. Nem me apetece ter. Se querem casar, que casem. Mas logo a seguir pergunto-me: mas porque carga de água hão-de querer casar? Só para dizer que se casam, fazerem uma boda e tudo como manda o figurino copiando os modelos que rejeitam? Para se divorciarem? Para dizermos que Portugal é um país evoluído (é assim que se mede o grau de desenvolvimento de um país?) Sempre pensei que com a regulamentação e reconhecimento das uniões de facto entre casais do mesmo sexo, os direitos exigidos (e legitimamente, do meu ponto de vista) já são reconhecidos. Para quê casar se o casamento é uma realidade feita do e para o mundo “heterossexual”? Mas, voltando ao inicio: se querem casar, casem. Só não percebo porque o querem fazer. Só para terem esse direito? De serem iguais aos heterossexuais que rejeitam? Não consigo sair daqui e confesso que também não me tenho esforçado, nem sequer tentado evoluir.
Ontem, com debate televisivo assim ao longe, porque distraída e sem grande motivação, ouvi algo que ainda me pôs mais perplexa e é uma questão de terminologia, que parece ter um simbolismo ou um sentido que me escapou (repito que não estive muito atenta) até agora. Parece existir por parte das partes interessadas (na defesa do casamento) uma recusa, ou um evitar da expressão “casamento homossexual”. Mas não é disso mesmo que se trata, ou querem criar frases eufemísticas e politicamente correctas para o que é um casamento homossexual? Ou então, será que querem deixar a porta aberta aos casamentos entre duas pessoas do mesmo sexo, mas que sejam heterossexuais? Eu gosto de conhecer a razão e o porquê das coisas e este tema é debatido de forma demasiado fundamentalista e urgente, para sentir seriedade na intenção e na razão. O país afunda-se em medidas eleitoralistas e essas sim deveriam manter-nos alerta. Quanto aos casamentos, tudo o que desejo é que sejam felizes para sempre.
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Ontem, com debate televisivo assim ao longe, porque distraída e sem grande motivação, ouvi algo que ainda me pôs mais perplexa e é uma questão de terminologia, que parece ter um simbolismo ou um sentido que me escapou (repito que não estive muito atenta) até agora. Parece existir por parte das partes interessadas (na defesa do casamento) uma recusa, ou um evitar da expressão “casamento homossexual”. Mas não é disso mesmo que se trata, ou querem criar frases eufemísticas e politicamente correctas para o que é um casamento homossexual? Ou então, será que querem deixar a porta aberta aos casamentos entre duas pessoas do mesmo sexo, mas que sejam heterossexuais? Eu gosto de conhecer a razão e o porquê das coisas e este tema é debatido de forma demasiado fundamentalista e urgente, para sentir seriedade na intenção e na razão. O país afunda-se em medidas eleitoralistas e essas sim deveriam manter-nos alerta. Quanto aos casamentos, tudo o que desejo é que sejam felizes para sempre.
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