2008 foi também mais um ano em que, tal como nos anos anteriores, não se chegou a conclusão nenhuma sobre o que quer que seja que precisasse de ser investigado, averiguado. O Caso Maddie ficou sem conclusão satisfatória e envolto numa aura de suspeição de conflitos de interesses, o Director da ASAE fumou violando a polémica lei anti-tabaco cuja implementação os seus serviços têm que fiscalizar, mas rapidamente se contentou e se encantou encontrando nas excepções da lei uma interpretação que julgou favorável.
Mais um ano em que o caso Casa Pia continuou a deixar no cidadão um forte amargo de boca e a sensação de que nada será resolvido. A forma amadora com que se resolvem os problemas sejam eles em que sector de actividade forem, faz com que o cidadão comum não se reveja na forma como são conduzidos os processos nem como é feita a justiça. O caso Casa Pia continua a ser a melhor ilustração da ineficiência e dos jogos de interesses em causa, pois a ninguém passa despercebido o facto de neste caso só existirem vítimas mas não agressores, com excepção de Carlos Silvino o funcionário casapiano - ilustre desconhecido até ao início da investigação - que será o bode expiatório deste processo judiciário que se arrasta e que arrasta a nossa justiça e investigação pela lama, desacreditando-as mais ainda.
No meio financeiro foi também digno de nota a forma como o governo lidou com o caso BPP tendo um dia afirmado que não teria dinheiro do Estado para a instituição financeira em causa, e no dia seguinte, depois de uma espécie de revelação, o governo decidiu que seria dada uma má imagem do país de não se socorresse o BPP, tendo assim disponibilizado de imediato um apoio financeiro ao banco. Os escândalos, ilegalidades, corrupção, trocas de favores, e gestão de interesses comuns falam sempre mais alto do que a verdade e, por ineficiência, negligência, incompetência ou manipulação, são sistematicamente, abafados, contidos e controlados.
(Continua)
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Mais um ano em que o caso Casa Pia continuou a deixar no cidadão um forte amargo de boca e a sensação de que nada será resolvido. A forma amadora com que se resolvem os problemas sejam eles em que sector de actividade forem, faz com que o cidadão comum não se reveja na forma como são conduzidos os processos nem como é feita a justiça. O caso Casa Pia continua a ser a melhor ilustração da ineficiência e dos jogos de interesses em causa, pois a ninguém passa despercebido o facto de neste caso só existirem vítimas mas não agressores, com excepção de Carlos Silvino o funcionário casapiano - ilustre desconhecido até ao início da investigação - que será o bode expiatório deste processo judiciário que se arrasta e que arrasta a nossa justiça e investigação pela lama, desacreditando-as mais ainda.
No meio financeiro foi também digno de nota a forma como o governo lidou com o caso BPP tendo um dia afirmado que não teria dinheiro do Estado para a instituição financeira em causa, e no dia seguinte, depois de uma espécie de revelação, o governo decidiu que seria dada uma má imagem do país de não se socorresse o BPP, tendo assim disponibilizado de imediato um apoio financeiro ao banco. Os escândalos, ilegalidades, corrupção, trocas de favores, e gestão de interesses comuns falam sempre mais alto do que a verdade e, por ineficiência, negligência, incompetência ou manipulação, são sistematicamente, abafados, contidos e controlados.
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