Ontem, no Jornal da Noite da SIC anunciava-se mais uma gaffe de Manuela Ferreira Leite a propósito do caso do jornalista da Lusa que teria ido fazer “queixinhas” ao PS Espanhol sobre a posição do PSD em relação ao TGV. Já percebi de está na moda falar das gaffes de MFL, e eu fico perplexa com essa moda. Por gaffe entendo lapsus linguae, descuidos, mas sobretudo enganos involuntários, isto é, dizer sem querer, algo que não se queria dizer. Nada mais longe do que acontece com MFL. Ela sabe perfeitamente o que está a dizer e não o diz com leveza nem de cabeça no ar. Ela pode estar errada, pode não “ter jeito” (seja lá o que isso for) para dizer as coisas, pode ter sido mal informada, pode até ser inoportuna, mas que não se chame gaffe ao que ela diz e que quer realmente dizer. MFL não é Santana Lopes. MFL é ousada e até espontânea – e tão diferente de José Sócrates - na maneira algo brusca de dizer o que pensa. Os seus discursos e intervenções não passam pela peneira do marketing comunicacional político, e isso choca uma comunicação social entorpecida e embrutecida pelo socialismo no poder que quando ouve algo mais “brusco” contra o status quo e a manipulação a que ela própria está sujeita, imediatamente tenta desvalorizar e menorizar. Chamar gaffe ao que MFL diz é mais uma das forma em que a sistemática má fé de grande parte dos media em relação à líder do PSD se manifesta. Muita indignação se ouviu, mas afinal ainda ninguém desmentiu o jornalista em causa tenha ido falar ao PS espanhol, pois não?
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